Por determinação da chefe de Polícia Civil, Martha Rocha, o delegado Ângelo Ribeiro, titular da Delegacia Fazendária, instaurou inquérito para apurar se o neurocirurgião Adão Orlando Crespo cometeu crime contra a administração pública.
O médico faltou ao plantão no Hospital municipal Salgado Filho, no Méier, na Zona Norte do Rio, noite de Natal (24), quando a menina Adrielly dos Santos chegou à unidade baleada na cabeça. A criançaesperou oito horas por uma cirurgia e morreu no dia 4 de janeiro.
Após o médico Ênio Lopes, que chefiava a emergência, revelar que trabalhava há dois anos na mesma escala de plantão do neurocirurgião, mas que nunca o tinha visto no hospital, a Delegacia Fazendária vai apurar se Adão estava recebendo salário sem trabalhar.
Na terça-feira (8), o médico foi indiciado por omissão de socorro no inquérito da 23ª DP (Méier). A pena para omissão de socorro, prevista no Código Penal (art. 135), é de um a seis meses de detenção e pode ser triplicada em caso de morte.
"Vários motivos fizeram a polícia civil indiciar o médico Adão Orlando Crespo. Principalmente em razão do depoimento do doutor Ênio e pelo simples fato de que ele trabalhava na escala com o doutor Adão há dois anos e não o conhecia. Ele lançava as faltas no livro, mas não cabia a ele abonar ou confirmar a falta", disse o delegado.
Novos depoimentos
O delegado Luiz Archimedes, titular da 23ª DP (Méier), informou que dois funcionários terceirizados do Hospital municipal Salgado Filho serão ouvidos. O primeiro depoimento será às 17h desta quarta-feira (9).
O delegado Luiz Archimedes, titular da 23ª DP (Méier), informou que dois funcionários terceirizados do Hospital municipal Salgado Filho serão ouvidos. O primeiro depoimento será às 17h desta quarta-feira (9).

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